Notícias
Desembargadores votam contra referendo por temer precedente de interferência popular também no Judiciário
22 de Agosto de 2012
Após uma sustentação prolongada de argumentos, o presidente da sessão do Tribunal de Justiça que decidiu sobre o referendo popular pelo número de vereadores em Cachoeira do Sul, Armínio Fraga, os desembargadores v'aotaram de forma unânime e contrários à realização da consulta. Relacionando uma série de questões referentes à democracias direta, semi-direta e indireta, o Judiciário deixou claro a temeridade de abrir precedente para a interferência da vontade popular, por exemplo, na definição do número de ministérios do governo, secretarias de governo, vereadores e "até no número de desembargadores do nosso tribunal". Os advogados cachoeirenses que fazem parte da ação, Armando Fialho Fagundes em nome da CACISC e pela realização do referendo, e Bruno Müller, da Câmara Municipal (contra o referendo), defenderam suas teses na tribuna da vigésima primeira Câmara Civel do Tribunal de Justiça na tarde desta quarta-feira. Conforme o advogado Armando Fagundes, o temor pela interferência em seu próprio campo, é o motivo mais palpável pela decisão dos majistrados. "A opínião popular e a democracia valem muito pouco hoje em dia", desabafou Fagundes.
Fonte: Jornalismo DPress
veja mais