O vice-presidente da AFUBRA Heitor Petry disse que a situação dos fumicultores é preocupante.

A segunda edição do CACISC ao Meio Dia de 2011, trouxe para debate as questões envolvendo os fumicultores e os impactos econômicos da cultura na região. Heitor Petry palestrou no dia 28 de abril e disse que devido ao baixo preço, muitas famílias deixaram de cultivar tabaco no último ano por falta de renda e que uma das saídas para a crise é diversificar culturas.

O vice-presidente da AFUBRA falou que não adianta aumentar os impostos do cigarro e que a associação dos fumicultores não defende o consuno, mas a cultura do tabaco. Durante a palestra Petry destacou que só com cigarros o país arrecada em torno de R$ 9 bilhoes por ano, sendo que deste total quase R$ 2 bilhões são gerados em ICMs no Rio Grande do Sul e R$ 56 milhões divididos entre todos os municípios do estado, independente da cidade plantar fumo ou não.

Em Cachoeira do Sul são 390 famílias que vivem da atividade, onde 190 produzem em terra própria e 200 em arrendadas, ocupando aproximadamente 1.830 cachoeirenses. A cultura reverte para o município cerca de R$ 290 Mil por ano em impostos.

As restrições impostas pela ANVISA para inibir o consumo de cigarro preocupam os dirigentes da AFUBRA e motivou protestos de fumicultores em todo o país. A agência nacional de vigilância sanitária analisa colocar em prática duas propostas: a proibição de cigarros com aromas e a exposição do produto no comércio. “Zelar pela saúde é prioridade nacional, mas entendemos que gerar emprego e renda é uma necessidade maior ainda, pois a garantia de saúde passa pela situação econômica destas famílias”, destacou Petry. Segundo ele existem três possibilidades: a ANVISA poderá arquivar as medidas restritivas, modificá-las ou simplesmente implementá-las, resultando em prejuízo aos produtores e toda a cadeia produtiva do tabaco.